Química no Enem: os conteúdos que mais caem na prova

Postado em 22 de jul de 2022
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Química é uma das matérias mais temidas pelos estudantes no ensino médio. E para aqueles que vão fazer o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), o receio pode ser ainda maior.

O que cai de Química no Enem? Como é a prova? Como posso me preparar? Esses são alguns dos questionamentos que passam pela mente daqueles que estão estudando para o exame. 

A boa notícia é que preparamos este artigo exclusivamente para esclarecer todas as suas dúvidas sobre o conteúdo de Química no Enem!

Preparados? Continue conosco e boa leitura!

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Como é a prova de Química do Enem 

A prova de Química no Enem está dentro do grupo de questões de Ciências da Natureza e suas Tecnologias, junto com as matérias de Física e Biologia. 

Ao todo, a prova de Ciências da Natureza tem 45 questões abordando conteúdos dessas três matérias. A estimativa é que pelo menos 15 questões sejam voltadas para os conhecimentos de Química. 

Normalmente, as questões Química, bem como as de Física e Biologia, buscam referência na vida cotidiana e nos fenômenos reais como uma forma de contextualizar os aprendizados do ensino médio. 

O objetivo das questões é instigar os alunos de um ponto de vista mais prático, relacionando os conteúdos da sala de aula com o mundo que os cerca. 

Isso acontece porque a prova do Enem, no geral, busca explorar o raciocínio lógico do aluno e sua capacidade de interpretação. Assim, o exame avalia não só o seu conhecimento como também a forma como ele aplica esse conhecimento.

É por isso que a prova do Enem não fornece uma tabela periódica para consulta do candidato. Não é necessário decorar todos os elementos da tabela periódica; basta conhecer os principais elementos químicos e suas propriedades.

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As competências avaliadas em Ciências da Natureza e suas Tecnologias 

A prova de Ciências da Natureza avalia se os estudantes desenvolveram certas competências nesse campo do conhecimento. Essas competências estão na Matriz de Referência do Enem. 

Conhecer quais são essas habilidades é essencial para entender como os conteúdos podem ser cobrados no exame e no que você deve focar na hora de estudar. 

Confira:

Competência de área 1 – Compreender as ciências naturais e as tecnologias a elas associadas como construções humanas, percebendo seus papéis nos processos de produção e no desenvolvimento econômico e social da humanidade.

  • H1 – Reconhecer características ou propriedades de fenômenos ondulatórios ou
    oscilatórios, relacionando-os a seus usos em diferentes contextos.
  • H2 – Associar a solução de problemas de comunicação, transporte, saúde ou outro, com o correspondente desenvolvimento científico e tecnológico.
  • H3 – Confrontar interpretações científicas com interpretações baseadas no senso comum, ao longo do tempo ou em diferentes culturas.
  • H4 – Avaliar propostas de intervenção no ambiente, considerando a qualidade da vida humana ou medidas de conservação, recuperação ou utilização sustentável da biodiversidade.

Competência de área 2 – Identificar a presença e aplicar as tecnologias associadas às ciências naturais em diferentes contextos.

  • H5 – Dimensionar circuitos ou dispositivos elétricos de uso cotidiano.
  • H6 – Relacionar informações para compreender manuais de instalação ou utilização de aparelhos, ou sistemas tecnológicos de uso comum.
  • H7 – Selecionar testes de controle, parâmetros ou critérios para a comparação de
    materiais e produtos, tendo em vista a defesa do consumidor, a saúde do trabalhador ou a qualidade de vida.

Competência de área 3 – Associar intervenções que resultam em degradação ou conservação ambiental a processos produtivos e sociais e a instrumentos ou ações científico-tecnológicos.

  • H8 – Identificar etapas em processos de obtenção, transformação, utilização ou reciclagem de recursos naturais, energéticos ou matérias-primas, considerando processos biológicos, químicos ou físicos neles envolvidos.
  • H9 – Compreender a importância dos ciclos biogeoquímicos ou do fluxo energia para a vida, ou da ação de agentes ou fenômenos que podem causar alterações nesses processos.
  • H10 – Analisar perturbações ambientais, identificando fontes, transporte e(ou) destino dos poluentes ou prevendo efeitos em sistemas naturais, produtivos ou sociais.
  • H11 – Reconhecer benefícios, limitações e aspectos éticos da biotecnologia, considerando estruturas e processos biológicos envolvidos em produtos biotecnológicos.
  • H12 – Avaliar impactos em ambientes naturais decorrentes de atividades sociais ou econômicas, considerando interesses contraditórios.

Competência de área 4 – Compreender interações entre organismos e ambiente, em particular aquelas relacionadas à saúde humana, relacionando conhecimentos científicos, aspectos culturais e características individuais.

  • H13 – Reconhecer mecanismos de transmissão da vida, prevendo ou explicando a
    manifestação de características dos seres vivos.
  • H14 – Identificar padrões em fenômenos e processos vitais dos organismos, como
    manutenção do equilíbrio interno, defesa, relações com o ambiente, sexualidade, entre outros.
  • H15 – Interpretar modelos e experimentos para explicar fenômenos ou processos
    biológicos em qualquer nível de organização dos sistemas biológicos.
  • H16 – Compreender o papel da evolução na produção de padrões, processos biológicos ou na organização taxonômica dos seres vivos.
    Competência de área 5 – Entender métodos e procedimentos próprios das ciências naturais e aplicá-los em diferentes contextos.
  • H17 – Relacionar informações apresentadas em diferentes formas de linguagem e representação usadas nas ciências físicas, químicas ou biológicas, como texto discursivo, gráficos, tabelas, relações matemáticas ou linguagem simbólica.
  • H18 – Relacionar propriedades físicas, químicas ou biológicas de produtos, sistemas ou procedimentos tecnológicos às finalidades a que se destinam.
  • H19 – Avaliar métodos, processos ou procedimentos das ciências naturais que contribuam para diagnosticar ou solucionar problemas de ordem social, econômica ou ambiental.

Competência de área 6 – Apropriar-se de conhecimentos da física para, em situações problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico tecnológicas.

  • H20 – Caracterizar causas ou efeitos dos movimentos de partículas, substâncias, objetos ou corpos celestes.
  • H21 – Utilizar leis físicas e (ou) químicas para interpretar processos naturais ou tecnológicos inseridos no contexto da termodinâmica e(ou) do eletromagnetismo.
  • H22 – Compreender fenômenos decorrentes da interação entre a radiação e a matéria em suas manifestações em processos naturais ou tecnológicos, ou em suas implicações biológicas, sociais, econômicas ou ambientais.
  • H23 – Avaliar possibilidades de geração, uso ou transformação de energia em ambientes específicos, considerando implicações éticas, ambientais, sociais e/ou econômicas.

Competência de área 7 – Apropriar-se de conhecimentos da química para, em situações problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico tecnológicas.

  • H24 – Utilizar códigos e nomenclatura da química para caracterizar materiais, substâncias ou transformações químicas.
  • H25 – Caracterizar materiais ou substâncias, identificando etapas, rendimentos ou implicações biológicas, sociais, econômicas ou ambientais de sua obtenção ou produção.
  • H26 – Avaliar implicações sociais, ambientais e/ou econômicas na produção ou no consumo de recursos energéticos ou minerais, identificando transformações químicas ou de energia envolvidas nesses processos.
  • H27 – Avaliar propostas de intervenção no meio ambiente aplicando conhecimentos químicos, observando riscos ou benefícios.
    Competência de área 8 – Apropriar-se de conhecimentos da biologia para, em situações problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico tecnológicas.
  • H28 – Associar características adaptativas dos organismos com seu modo de vida ou com seus limites de distribuição em diferentes ambientes, em especial em ambientes brasileiros.
  • H29 – Interpretar experimentos ou técnicas que utilizam seres vivos, analisando implicações para o ambiente, a saúde, a produção de alimentos, matérias primas ou produtos industriais.
  • H30 – Avaliar propostas de alcance individual ou coletivo, identificando aquelas que visam à preservação e a implementação da saúde individual, coletiva ou do ambiente.
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O que mais cai de Química no Enem 

Agora que você já sabe quais competências o Enem espera que você desenvolva, que tal conhecer mais sobre os conteúdos do exame em si? 

Os estudos de Química são divididos em 8 grandes áreas:

  • Química Geral: é aquela que estuda os estados físicos e propriedades da matéria, substâncias e misturas e composição do átomo;

  • Química Orgânica: é a parte que estuda os compostos de carbono, suas reações e outros elementos presentes em organismos vivos, tanto do reino animal quanto do reino vegetal, como hidrogênio, oxigênio, nitrogênio, entre outros;

  • Química Inorgânica: é o campo de que estudo os elementos químicos diferentes do carbono e os compostos que eles formam. Ela investiga as estruturas, propriedades e a explicação dos mecanismos de suas reações e transformações;

  • Bioquímica: essa área pesquisa os processos químicos que ocorrem nos organismos vivos, especialmente nas células e nas biomoléculas – como proteínas, glicídios, lipídios e ácidos nucleicos.

  • Físico-Química: é o campo que estuda os princípios da Química, analisando os fenômenos que ocorrem nas reações químicas em escalas macroscópicas e atômico-molecular;

  • Química Ambiental: essa parte estuda os processos químicos presentes no meio ambiente, tais como: efeito estufa, chuva ácida, ciclos biogeoquímicos, aquecimento global, poluição, etc.;

  • Química Analítica: é o campo de estudos que trata da identificação ou quantificação de espécies ou elementos químicos;

  • Química Nuclear: é a área que analisa as reações nos núcleos dos átomos e como esses processos são aplicados pela humanidade. Ou seja, estudo os elementos radioativos, fissão nuclear, fusão nuclear, radioatividade, entre outros. 

Bastante coisa, não é mesmo? Dentro dessas áreas, existem alguns conteúdos que são cobrados de forma mais frequente e merecem sua atenção nos estudos.
A Coletânea Enem, desenvolvida pelo Sistema Poliedro, realizou um levantamento completo dos conteúdos de Química que mais caem no Enem. Confira quais são:

  • Compostos orgânicos (7,7%)
  • Leis ponderais e estequiometria (6,2%)
  • Reações inorgânicas (6,2%)
  • Termoquímica (6,2%)
  • Modelos atômicos e distribuição eletrônica (6,2%)
  • Cinética e química (4,6%)
  • Equilíbrios, hidrólise e solubilidade (4,6%)
  • Soluções (3,1%)
  • Estados físicos, sistemas e misturas (3,1%)
  • Radioatividade (3,1%)
  • Isomeria (1,5%)
  • Propriedades coligativas (1,5%)
  • Variáveis de estado e gases (1,5%)
  • Propriedades periódicas dos elementos (1,5%)
  • Caráter ácido básico das substâncias orgânicas (1,5%)
  • Aminoácidos, proteínas, lipídeos e carboidratos (1,5%) 
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Como se preparar para as questões de Química do Enem

Uma das grande dificuldades dos estudantes que vão fazer o Enem é organizar seus estudos. E para aqueles que não tem tanta afinidade com Química, o volume de matéria pode assustar e paralisar muitas vezes. 

No entanto, é preciso ter calma e respirar fundo: mesmo que Química não seja sua matéria favorita, você pode sim se sair muito bem. 

Confira algumas dicas de como se preparar:

Deixe de lado a decoreba e estude de forma mais ativa

Primeiramente, é preciso deixar de lado o velho hábito de decorar os assuntos e fórmulas. Além de não ser eficaz a longo prazo, não é dessa forma que os conteúdos são cobrados no Enem. 

A maioria das questões exige que os alunos saibam aplicar o conhecimento adquirido ao longo de seus estudos, e para isso, não é preciso decorar nada. O essencial é entender de forma prática como os conteúdos se relacionam com a realidade à sua volta. 

Para isso acontecer, deve-se compreender a matéria e estudá-la com atenção, estabelecendo relações e efeitos.

A cada matéria estudada, tente avaliar como ela se aplicaria à vida real: fenômenos naturais, setores produtivos, corpo humano, etc. Esse exercício de relacionar os conceitos teóricos com a realidade será muito útil para quando você estiver lidando com esses assuntos no Enem.

Outra dica é, além de se dedicar aos livros, ler matérias da atualidade, assistir a documentários, ouvir podcasts e perceber como a Química está em praticamente todos os setores produtivos e em várias atividades diárias. Isso certamente o ajudará muito na hora de fazer o exame.

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Faça exercícios e simulados

Outro erro muito comum na hora de estudar é apenas ler as resoluções dos exercícios sem efetivamente tentar fazê-los. Praticar é indispensável para testar seus conhecimentos. 

Faça exercícios de provas passadas do Enem. Conheça a maneira como são redigidos os enunciados e o estilo da questões. Quanto mais acostumado você estiver ao estilo do Enem, menos ansioso você estará no dia.

Por se tratar de uma matéria da área de Exatas, a prática constante de exercícios é a melhor forma de aprender os conceitos e a aplicabilidade das teorias. 

É por meio das tentativas, dos erros e das correções, que o aluno fortalece o raciocínio e compreende a teoria a fundo.

Descanse

Estudar é muito importante para garantir seu desempenho, mas descansar e ter momentos de lazer com a família e amigos também.

Por isso, não abra mão desses momentos de relaxamento e descontração, eles são essenciais para recarregar suas energias e manter o seu foco. 

Redação Blog do EAD

Por Redação Blog do EAD

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